segunda-feira, junho 12, 2006

"5º andar, cá vou eu" ou "cada vez mais perto"

Fora-me buscar por volta das 17:30, duas raparigas novas, muitos simpáticas, uma das quais me tratou sempre por "princesa". Perguntaram-me pelo meu bebé, disse-lhes que era uma menina e onde estava e desatei a chorar outra vez por ainda não saber nada dela.

Quando saí pela porta, o maridão e os meus pais vieram logo a correr ter comigo. Não era suposto eles estarem ali, mas elas deixaram-nos falar comigo. Já tinha parado, mas desatei a chorar outra vez assim que os vi e perguntei logo pela menina. O maridão e o meu pai disseram-me logo que ela estava bem, que já a tinham visto e que ela estava bem, a minha mãe não parava de dizer que ela era muito linda. Vi que o maridão e a minha mãe também tinham estado a chorar e o meu pai também chorou quando me viu. Pouco depois, disseram que tinham mesmo de me levar para cima e os meus pais fartaram-se de me dizer para não me preocupar, que estava tudo bem com a menina. O maridão pôde ir comigo (já tinha passado a hora das visitas - das 15h às 16h - mas os papás podiam ficar das 15h às 20h).

No 5º andar, fiquei no quarto 5, se não me engano, cama 13. O papá mostrou-me as fotos que tinha tirado à menina e contou-me então o que tinha acontecido desde que teve de sair da sala de partos. Parece que ele voltou para o pé dos meus pais completamente confuso, ainda "mascarado de médico" como a minha mãe diz agora, porque ele não tinha tirado a indumentária que teve de usar na sala de partos. ;-) Explicou-lhes o que tinha acontecido e ficaram os 3 à espera, cada vez mais nervosos (o meu pai a tentar contar piadas para animar os outros 2, apesar de não ter qualquer vontade disso). Finalmente, viram sair uma incubadora rodeada de gente. A minha mãe reconheceu a mantinha verde e branca (porque será?) ;-) que até foi ela que fez e foram os 3 a correr perguntar o que se passava. Disseram-lhes que eu estava bem mas que não podiam ver a menina agora, para irem ter ao 4º andar. Eles foram e parece que viram a menina a ser aspirada pela porta que ficou entreaberta. Puderam entrar depois disso para ver a menina e o primeiro cocó foi feito para a avó. ;-)

Depois de se certificarem que a menina estava bem, voltaram para baixo para saber de mim, mas parece que também não lhes adiantaram grande coisa e, é claro, não os deixaram entrar para me ver. Começaram a passar-se e às tantas parece que só pensavam em entrar ali para dentro à força. Como viram a hora das visitas a passar, o meu pai disse que ia arranjar confusão se não o deixassem falar comigo quando me levassem e acredito que a minha mãe o ajudasse bastante nisso. ;-) Quanto ao maridão, acho que ele só ainda não tinha arranjado confusão com medo que depois me tratassem menos bem. Deve ter sido ainda pior para eles do que foi para mim, porque eu, ao menos, só estava preocupada com a minha filhota...

Enfim, voltaram a levar-me um lanchinho enquanto esperava pelo "levante", pão com manteiga e chá. Novamente, bebi o chá muito agradecida e obriguei-me a comer metade do pão, já que tinha recebido a mesma ameaça: "Se não come, não a deixam ir ver o bebé." (Tenho que me lembrar disto para usar com a Daniela.) ;-)

Finalmente, por volta das 19h, as mesmas 2as raparigas que me tinham ido buscar, apareceram para me ajudar a tomar banho. Foi tudo muito rápido, porque eu tinha pressa, muita pressa. Foi bom sentir-me limpa novamente e foi infinitamente melhor quando perguntei se já podia ir ver a minha menina e me trouxeram logo uma cadeira de rodas. Como o papá ainda estava lá à minha espera, foi ele que me levou. Levávamos uma chucha que lhe tinham pedido e eu ia mais que ansiosa para voltar a ver a minha bebé. Se conseguisse, tinha corrido por ali fora.