O pai telefona-me às 17h47 (pouco depois de a ir buscar à escola) a dizer que ela está a chorar muito porque acham que ela caiu e deu um jeito ao pescoço e não consegue pôr a cabeça para trás. Para onde é que ele a deve levar? Sugiro a clínica ao pé da escola e telefono ao meu patrão para pedir-lhe para ir para a loja. Saio a correr, com mais telefonemas pelo meio (que na clínica não há médicos que a possam ver? - que vão para casa dos avós para o avô os levar de carro ao hospital ou ao centro de saúde - nós não temos carro).
Só quando chegam é que o avô se lembra de perguntar a ela o que aconteceu. Com a aflição, ninguém se lembrou de fazer isso antes. Afinal não caiu, nem tropeçou, nem nada, foi uma coleguinha que lhe deu um puxão no pescoço. O avô põe-lhe uma pomada e ela deixa logo de chorar e diz que já está a deixar de doer. A avó põe gelo. Nós ainda a queríamos levar a algum sítio, a avó sugere uma farmácia porque ela já está na brincadeira. É o que fazemos e, depois de a verem, sugerem brufen para o caso de estar inflamado e a pomada que o avô já lhe tinha posto.
Respiramos fundo e vamos jantar, com ela na boa e já a conseguir mexer a cabeça para todos os lados. E então lembramo-nos que temos uma cruz vermelha mesmo ao pé de casa. O pânico é uma m*rda. Viva a calma dos avós e os avós mesmo!!!
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