Pedinchona

Como já aqui disse, a minha filha linda fala pelos cotovelos e começou a falar cedo, logo já há algum tempo que faz os encantos do pessoal que vê regularmente no café do costume. Ela mete-se com todos e todos se metem com ela. Como costuma ir com os avós, já nos aconteceu irmos com ela na rua e pessoas que nós não conhecemos cumprimentarem-na. (Ela depois diz-nos quem era. Enfim, modernices.)

Isto para dizer que, com tanto à vontade, ela não tem qualquer problema em chegar-se ao pé das pessoas e pedir-lhes coisas que queira (como pulseiras, fios, piões, batons...) A verdade é que já recebeu uns fios todos giraços à pala disso. Seja como for (e embora ao princípio tenha considerado pô-la a pedir dinheiro mesmo) ;-), nós explicamos-lhe que não se deve pedir assim coisas às pessoas todas, só ao pessoal da família.

Como não ficou muito convencida, no outro dia voltou a pedir algo a uma das senhoras do costume. A minha mãe voltou a chamar-lhe a atenção e seguiu-se a lista do pessoal da famelga a quem ela podia pedir coisas. Finalmente, a minha mãe concluiu com algo como:

"Pronto, a estes podes pedir o que quiseres, mas às outras pessoas não, está bem?"

Ao que a piolha responde com algo como:

"Às outras só por favor, não é?"

Ora aí está. Moral da história: Pedir é bom. À família pode ser à balda. Aos outros com educação...